Aventuras em Durban e na Zululândia, degustando as Amarulas da África do Sul

Tempo de leitura: 4 minutos

Depois de conhecer Joanesburgo, andar em elefantes, fazer safaris congelantes, degustar vinhos locais e curtir uma vida de “buana” inglês, fui para Durban com os outros jornalistas brasileiros do grupo de fantur.

Elephant Back Safaris
Elephant Back Safaris

Durban, na costa do Oceano Índico, a pouco mais de 500 quilometros de Joanesburgo, tem uma população próxima de 1,1 milhão de habitantes, dos quais mais de 70% têm algum componente asiático/oriental no DNA (especialmente indianos, malaios e árabes).

Principal cidade da Província de KwaZulu-Natal, que faz fronteira com Moçambique, Suazilândia e Lesotho – um Reino encravado dentro da África do Sul – Durban se debruça sobre o Oceano Índico e tem praias com água mais quentes do que Cidade do Cabo.

Vista parcial de Durban
Vista parcial de Durban

É chamada também de Zululândia, por causa da predominância da etnia Zulu, a mais importante do país. Ao longo do litoral, tanto para o norte como para o sul, encontram-se muitas praias badaladas, com hotéis de luxo e nas quais, segundo dizem, pode-se pegar sol o ano inteiro.

Come-se bem em Durban e pode-se beber qualquer um dos bons vinhos das regiões produtoras de Paarl, Stellenbosch e Franschhoeck. Além, é claro, de criar boas oportunidades para tomar gloriosos goles da Amarula, a bebida exclusiva da África do Sul que conquistou o mundo.

Hotéis modernos, como o Le Vendome, de Cidade do Cabo, estão em todo o litoral da Província de KwaZulu-Natal
Hotéis modernos, como o Le Vendome, de Cidade do Cabo, estão em todo o litoral da Província de KwaZulu-Natal

Esta região também é muito rica em santuários selvagens, com florestas abertas, savanas, florestas sobre dunas no litoral, lagos e rios, que convivem com grandes plantações de árvores para a produção de papel e celulose, além de parques e reservas do governo. Visitei três destes parques, em duas viagens. Em todos estes parques você pode fazer safáris fotográficos para registrar os “Big Five”, como é chamado o quinteto búfalo-leão-leopardo-rinocerante-elefante, além de dezenas de outros animais.

Seguindo pelo litoral, mais ao norte, em direção a Suazilândia e Moçambique, é possível ver muitos golfinhos e fauna e flora diferenciados. Esta é uma região onde aparecem os gigantescos tubarões brancos, e recusei uma oferta “tentadora” de mergulhar em uma gaiola para ver os bichos de perto…

Em dezenas de parques na África do Sul você pode abrir a janela da sua cabana para ver o amanhecer no bush
Em dezenas de parques na África do Sul você pode abrir a janela da sua cabana para ver o amanhecer no bush

Como eu tinha interesse em ver comunidades zulus vivendo (quase) como antigamente, fui visitar a Shakaland, uma autêntica vila zulu a 170 quilômetros ao norte de Durban. Tomou um dia inteiro mas compensou.

Além de visitar espaços de trabalho, convívio e lazer zulu, assisti a vídeos, shows com música, teatro e danças (incluindo as famosas moças com seios a mostra) e pude tirar muitas fotos. E, é claro, caro leitor, que comprei bugigangas e produtos artesanais diferenciados, produzidos no local, muitos dos quais já haviam me dito que não encontraria nas lojas do aeroporto de Joanesburgo.

Ushaka Marile World Durban, KwaZulu-Natal
Ushaka Marile World Durban, KwaZulu-Natal

No local teria nascido o herói nacional Rei Shaka Zulu, considerado o fundador da Nação Zulu quando uniu centenas de tribos que combatiam entre si contra os invasores europeus. Me disse o guia que pude conhecer os descendentes do Rei…

Na região foi construída em 1984 uma cidade cenográfica para a filmagem de uma série de televisão e de um filme – confesso que não vi nenhum dos dois. Posteriormente, em 1988 foi construído o Protea Hotel, baseado em cabanas e com serviços de alta qualidade administrados por ingleses.

Negros Lança
Negros Lança

Em Shakaland pude ouvir pessoas falando zulu e o curioso dialeto xhosa (as pessoas estalam a boca ao falar), dois dos 11 idiomas oficiais do país. Os demais são o inglês (que praticamente todos falam), o afrikâner (uma mistureba de idiomas, herança holandesa impossível de entender) e nove idiomas étnicos, falados em diferentes regiões do país.

De noite, com as pernas esticadas numa poltrona macia no bar do hotel, fiz uma pequena degustação de vinhos sul-africanos, antegozando a viagem que faria no dia seguinte para o Cabo da África do Sul, para conhecer uma das cinco regiões de vitivinicultura, parte da rota do vinho considerada a mais longa do mundo.

Um brinde a isso, caro leitor e até o próximo post sobre a “Cidade do Cabo: o charme holandes”.

Saiba mais sobre a África do Sul em:

Algumas fotos são cortesia da South Africa Tourism

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